Guardar informações sempre foi uma necessidade. Porém, se antes as pessoas mantinham álbuns de fotos e documentos em dezenas – no caso das empresas, centenas – de caixas, a era digital possibilita que esses arquivos sejam armazenados ocupando menos espaço físico e com menor exposição às ações ambientais e climáticas. Neste artigo vamos mostrar a evolução do armazenamento de dados, das primeiras às mais recentes tecnologias.
Fita magnética
Uma das primeiras mídias de armazenamento foi a fita magnética, também chamada de banda magnética. Trata-se de uma fita plástica coberta de material magnetizável que pode ser usada para a gravação de informações digitais ou analógicas, incluindo áudio, vídeo e dados de computadores. Embora tenha sido criada na década de 1930, ainda é um modelo utilizado por quem precisa guardar um grande volume de dados.
Primeiro HD
Hoje, quando falamos em HD, logo pensamos em hardwares que cabem em um bolso. Entretanto, o primeiro computador com sistema de armazenamento em disco rígido, o HD, tinha mais de um metro e setenta de altura. Criado pela IBM, a maior empresa de TI do mundo, em 1956, o modelo tinha capacidade de armazenar até 5 MB, um grande avanço para a época.
Fita cassete
Já a fita cassete foi lançada em 1963 pela Phillips e revolucionou a forma de gravar e distribuir música. Isso porque era compacta, portátil e permitia a gravação de até 30 minutos de áudio, que logo passou a 60 minutos com a possibilidade de gravar meia-hora em cada lado. O dispositivo se tornou popular quando a Sony lançou, no fim dos anos 70, um reprodutor portátil de cassetes, o Walkman.
Disquete
O disquete ou floppy disk foi criado na década de 1960, mas só chegou ao mercado no início dos anos 70. Os primeiros dispositivos tinham capacidade de armazenamento de 79,7 KB, chegando a 1,44 MB com o passar do tempo. Desde sua chegada ao público final até o fim da décadas de 1990 foi um dos principais métodos de armazenamento de dados, tanto que, mesmo após cair em desuso, continua sendo um dos símbolos de ‘salvar’ em diversos programas de computador.
ZipDrive
Em paralelo, em 1994, o ZipDrive tinha um formato parecido ao do disquete, mas podia armazenar até 750 MB em arquivos, melhorando a velocidade de transferência de dados e o tempo de busca. Porém, enquanto o disquete estava nas empresas e em muitos lares com computadores, o Zip ficou mais restrito ao ambiente corporativo. Isso porque, à época, pessoas físicas não necessitavam de grandes espaços para armazenamento digital.
CD (Compact Disk)
O CD (Compact Disk) foi inventado em 1979, mas chegou ao mercado só em 1982 e logo se tornou um dos principais meios de comercialização da área musical. No decorrer dos anos, surgiram diversos formatos, como o CD-R para áudio e dados, CD-RW para regravações e o CD-ROM, destinado apenas para arquivos de leitura. Em média, o CD tem a capacidade de 700 MB, o que representa aproximadamente 80 minutos de áudio.
DVD (Digital Versatile Disk)
Produzidos em 1995, os DVDs (Digital Versatile Disks) surgiram para armazenar arquivos diversos, como áudio e vídeo, com capacidade de armazenamento maior do que os CDs. Logo, começaram a substituir as fitas VHS, processo que foi totalmente concluído em 2008. Embora, juntamente com os CDs, os DVDs tenham representado um grande avanço no armazenamento de dados, ampliou o problema da pirataria.
Cartão de memória (Cartão SD)
Os cartões de memória, também chamados de cartões SD, começaram a surgir no fim dos anos 90 pelas mãos da SanDisk, da Panasonic e da Toshiba. Desde o início chamaram atenção em razão da portabilidade e da capacidade de armazenamento, pois são dispositivos com memória flash que podem ser utilizados em videogames, câmeras fotográficas, smartphones e outros equipamentos digitais.
A partir deles, surgiram o MicroSD e o MiniSD, amplamente usados em smartphones por causa do tamanho reduzido e grande capacidade de armazenamento. Esses cartões ainda são muito utilizados para guardar diversos tipos de dados.
Pendrive
O pendrive surgiu no início dos anos 2000 como um substituto dos disquetes, ZipDrives e, posteriormente, dos CDs. Isso porque este é um dispositivo de memória flash ainda mais portátil, mais rápido e com maior espaço de armazenamento, chegando a 1 TB. Uma vez que utilizam o padrão USB, é compatível com os principais sistemas operacionais e, em condições ideais, podem guardar dados por até uma década, tempo maior do que as mídias que desbancou.
Nuvem
A nuvem permite salvar dados em um servidor compartilhado e remoto, que pode ser acessado por meio de qualquer dispositivo conectado à internet. Trata-se de um modelo crescente em todo o mundo, uma vez que oferece mobilidade e evita gastos financeiros e de espaço com hardwares como pendrives e HDs. Outra vantagem é que a capacidade é contratada de acordo com a demanda, ou seja, o usuário não fica refém de um determinado limite de armazenamento.
SSD (Solid-state Drive)
Embora tenha registros desde 1998, os SSDs (Solid-state Drives) são considerados, junto com a nuvem, uma das principais tecnologias de armazenamento de dados digitais da atualidade. Acredita-se que esses dispositivos vão substituir totalmente os HDs nos computadores. O modelo ainda é considerado caro em comparação aos antecessores, porém, entrega opções de memória maiores e, principalmente, maior velocidade.