O Web Summit 2022 é o evento mundial mais importante de tecnologia e inovação. Por isso, é importante ficar de olho nos principais tópicos do evento para planejar os próximos passos da sua empresa – e também, os seus – nesse ambiente que está em constante evolução.
Realizado em Lisboa, Portugal, o evento recebeu debates e palestras que reuniram mais de 70 mil visitantes. Além das principais empresas de tecnologia do mundo, como Amazon e Google, também marcaram presença portais de notícias, bancos e agências de comunicação e marketing, já que saem de lá as principais tendências de tecnologia e consumo para os próximos anos.
Web3
Quando falamos sobre o futuro da internet, a Web3 (também chamada de Web 3.0) está no centro das discussões. Trata-se de um novo protocolo de descentralização das atividades, já que as pessoas conseguem fazer diversas atividades na internet sem a necessidade de um intermediário, mudando o sistema atual de armazenamento de informações e monetização de conteúdo.
A novidade deve mudar completamente as redes sociais como conhecemos hoje, já que os usuários são donos do conteúdo, ao contrário do que acontece atualmente, cujas pessoas precisam de plataformas como Facebook e Instagram para criarem seus conteúdos. Outras atividades mais simples, como conversas virtuais, até a criação de sites e a efetivação de pagamentos online também passarão por essa transformação.
Metaverso e realidade virtual
A partir da Web3, outras tendências surgem e ganham força. Uma delas é o metaverso, termo que pipoca nas rodas de conversa sobre tecnologia há pouco mais de um ano, mas ainda é desacreditado pela população em geral.
Entretanto, o Web Summit 2022 trouxe discussões que garantem que ele já é uma realidade no mundo da tecnologia, tanto que diversas marcas ofereceram, durante o evento, “passeios” por esse universo com auxílio da realidade virtual. Portanto, óculos, fones de ouvido, implantes e outros dispositivos devem ser criados nos próximos anos para viabilizar experiências cada vez mais imersivas.
Trata-se de uma evolução da internet, onde as interações deixam de ser 2D e passam a ser 3D com experiências cada vez mais imersivas. Aliás, os debates indicaram que o metaverso – que, em linhas gerais, possibilita que o usuário faça tudo o que faria na vida real em um ambiente virtual – depende apenas do avanço da Web 3.0 e do interesse de marcas e pessoas para “vingar”.
“Se você precisar de qualquer serviço do governo, pode fazê-lo em um escritório do governo, pode fazê-lo por meio do seu aplicativo ou pode ir ao metaverso”, exemplificou Maha Abouelenein, fundadora e presidente da agência de comunicação Digital & Savvy, que falou sobre a estratégia Metaverso Dubai.
NFTs
Outra tecnologia que depende da Web3, está conectada ao metaverso e faz parte do futuro da internet é o NFT (sigla em inglês para Token Não-Fungível), que depende blockchains – espécie de livros de registro em que dados são armazenados em tempo real, sem a possibilidade de mutações – para existir. Os NFTs são certificados digitais que determinam a titularidade de um ativo.
Hoje, já há registro de obras de arte, peças de vestuário e avatares vendidos como NFT, por exemplo. Porém, a tecnologia pode ir além do mundo das artes e do consumo, uma vez que possibilita que as pessoas mantenham todas as suas informações em uma carteira digital.
“Hoje, você tem seguidores no LinkedIn, tem seguidores no Facebook, mas não pode trazê-los para lugar nenhum, você não é dono desses dados. Agora, você pode ser dono da sua presença digital, pode ter provas de que aquelas informações pertencem a você, ou que você tem mesmo aquele amigo no mundo digital”, detalhou Pierre-Nicolas Hurstel, co-fundador da carteira de NFTs Arianee.