Adotar um sistema de backup é essencial para qualquer empresa, pois garante que dados importantes não serão completamente perdidos em caso de erro humano, problemas nos equipamentos ou ataques hacker. Mesmo com a popularização da nuvem, os drives de fita ainda são a opção escolhida por diversas companhias que desejam manter uma cópia segura dos arquivos digitais.
Trata-se de uma tecnologia usada há mais de 70 anos, mas que ainda oferece segurança a longo-prazo para o armazenamento de informações. Existem vários tipos, porém, o modelo LTO, criado na década de 1990, é um dos mais populares, sendo utilizado até hoje. Com novas versões lançadas periodicamente, as fitas magnéticas podem guardar até 45 TB de dados compactados ou 18 TB de documentos descompactados em um único cartucho.
Segurança, durabilidade e custos
Ainda que seja um dispositivo antigo, as atualizações fazem com que os cartuchos sejam seguros, uma vez que o backup pode ser criptografado para que pessoas sem autorização não tenham acesso ao conteúdo. O sistema também não é suscetível a ataques hacker, ficando livre de vírus e sequestro de dados.
Embora o investimento inicial em um sistema de backup em drives com fita seja maior do que a nuvem ou discos, a longo prazo ele se torna mais vantajoso. Uma reportagem da Forbes mostrou que o custo por gigabyte de um HD de 10 TB era de US$ 0,033, enquanto uma fita LTO 7 ficou em US$ 0,0089, ou seja, 73% menor.
Outra vantagem é a durabilidade, já que podem ser funcionais por até 30 anos quando armazenadas nas condições ideais – um CD, por exemplo, duram no máximo dez anos. Lembrando que a recomendação é não guardar os cartuchos no mesmo prédio da empresa, preferindo data centers específicos. Assim, o backup não fica suscetível aos mesmos fenômenos, como inundações e excesso de calor, dos arquivos originais.
Desvantagens do backup em drives de fita
Mesmo sendo a melhor opção para muitas organizações, o backup em drives de fita também tem desvantagens. A principal delas é a lentidão na localização dos dados. Ao contrário dos dispositivos de disco, em que os arquivos são salvos aleatoriamente, os documentos são armazenados sequencialmente. Portanto, é preciso encontrar o ponto exato para acessar as informações e ter um sistema de catalogação eficiente.
Outro ponto importante é que o acesso aos dados fica limitado. Quando o backup é feito em nuvem, qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, consegue acessar as informações a partir de um dispositivo com acesso à internet. Principalmente quando a empresa adota o teletrabalho, esse pode ser um desafio ao optar pelas fitas magnéticas.
Como saber qual sistema é ideal para minha empresa?
Escolher o melhor tipo de backup depende das necessidades de cada companhia, uma vez que envolve uma questão estratégica para qualquer empresa nos dias de hoje: a proteção de dados. Avaliar os custos, as demandas (volume de documentos, por exemplo) e a cultura da organização é o primeiro passo para fazer a melhor escolha.