O investimento e o interesse da população em criptoativos não para de crescer. Em todo o mundo, este mercado movimentou US$ 20,1 bilhões em 2022, segundo relatório da Chainalysis. Ainda que possa trazer bons resultados financeiros, o aporte em ativos virtuais requer cuidados para não comprometer a cibersegurança.
Primeiramente, é importante entender que os criptoativos, a exemplo de criptomoedas como o bitcoin e os NFTs (sigla inglesa para Tokens Não-Fungíveis), são baseados no blockchain. Trata-se de um banco de dados que registra todas as transações envolvendo ativos virtuais. A tecnologia é considerada segura, porém, os criminosos aprimoraram suas técnicas conforme o modelo se popularizou.
Então, quem investe ou considera entrar neste mercado precisa estar atento às principais fragilidades relacionadas à cibersegurança. A CBL Soluções separou cinco pontos de atenção relacionados a este universo. Confira:
1- Phishing
O phishing é uma das técnicas mais comuns para roubo de informações. Nele, os criminosos enviam e-mail, SMS ou mensagens em redes sociais com técnicas de engenharia social para convencer a vítima a fornecer informações sigilosas ou clicar em links maliciosos.
Normalmente, os investidores de criptoativos recebem uma oferta, em nome de corretoras de ativos virtuais, para aumentar os lucros. Quando a vítima fornecer determinadas informações ou clica em um link infectado, corre o risco de ter a carteira digital roubada. Então, a dica é sempre duvidar de ofertas exuberantes e jamais clicar em endereços cuja procedência desconhece.
2- Plataformas ilegais
Outra ameaça são as corretoras ou plataformas de trade ilegais. Isso porque este é um mercado novo, ainda sem regulamentação na maioria dos países. Por isso, é necessário ficar atento ao escolher onde investir o dinheiro.
No Brasil, o Marco Regulatório dos Criptoativos foi sancionado em dezembro de 2022. O texto determina conceitos e processos que dão segurança jurídica para o setor financeiro e seus investidores. Porém, ainda falta editar o decreto que definirá as atribuições do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na regulação.
3- Cryptojacking
O cryptojacking é um dos crimes virtuais mais comuns desde a popularização dos criptoativos. Trata-se do uso indevido da máquina da vítima para minerar criptomoedas, atingindo tanto desktops e notebooks quanto outros dispositivos com acesso à internet, como smartphones, tablets e redes corporativas inteiras.
A maneira mais tradicional do crime é a distribuição de um malware, um tipo de programa malicioso que é instalado e explora os recursos para gerar novas unidades de moeda a partir do equipamento da vítima. Porém, há casos em que os criminosos instalam comandos JavaScript em páginas web para explorar computadores para a mineração de criptomoedas. Assim, basta que o usuário acesse um site ou clique em banners infectados.
4- Segurança das contas
Os investidores de criptoativos precisam estar de olho na segurança de suas contas. O problema também está relacionado à falta de regulamentação do mercado. Caso o usuário perca o acesso à plataforma que utiliza para armazenar ou transacionar seus ativos virtuais, não será possível recuperá-lo.
Neste caso, a recomendação é não manter os dados de acesso salvos no computador. Assim, se um hacker tiver acesso à máquina, será mais difícil que a conta seja roubada.
5- Usar plataformas de terceiros
Ainda que as transações com criptoativos normalmente fiquem concentradas em uma única plataforma, é comum os investidores que usam plataformas de terceiros para operações relacionadas. Há, por exemplo, serviços online ou softwares para emissão de relatórios para o cálculo de impostos.
Então, além de estar atento ao local onde realizam as transações envolvendo ativos virtuais, é importante estar atento à segurança e confiabilidade de plataformas cujo investidor fornece dados eventualmente. A expectativa é que o setor também seja positivamente impactado pela regulamentação do mercado.
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